Visigothic Symposia 2: 2017-2018

Florentina, Claudius, Brunhild, Viterico, Massona, Julian, Eugenius: ibérico, católico, cartaginês, grego, nobre, godo, mãe, ariano, lusitano, hispano-romano, (Hi) Spanian, judeu, toledano, local, e assim por diante. Quem eram as pessoas acima mencionadas e quais foram suas identidades, e quando? De que forma se fizeram suas identidades? Em que lugares eles as representaram? Teriam sido eles importantes em tempo real, ou seriam ilusões históricas, artifícios retóricos utilizados em representações do espaço temporal e físico? E quanto a ideias, objetos e territórios não-humanos? Toledo ficava em Carpetania para alguns, para outros em Carthaginensis. Baetica incluía Spania; ou será que incluía? Foram Spania e Hispania espacialidades conflitantes? De que forma os textos históricos e historiografias turvaram, inventaram e reconstruíram as identidades dos passados ibéricos?

Identidades ibéricas medievais eram tanto dinâmicas e transformadoras quanto enredadas em política pós/neo-imperiais, lutas por terra e propriedade, limites territoriais, o uso de nomes, e as definições de ideologias contestadas, incluindo quem era, e o que significava ser, religioso. O Visigothic Symposia 2 abordará estas questões, oferecendo ensaios circunscritos nas temáticas “espaço” e “identidade“. O objetivo é abordar a questão central dos significados de si e do outro na Ibéria alto medieval (e que nós também devamos ser desconstruídos) através, primeiramente, de análises críticas em diversos espectros metodológicos, da crítica literária à interrogação da cultura material para dados arqueológicos e muito mais. Seguindo tal envolvimento multidisciplinar, voltaremos-nos para leituras interdisciplinares com intuito de desenvolver um diálogo cruzado fecundo que pode melhorar nossas percepções, nossos entendimentos, de espaço e identidade na Ibéria visigótica.

Cronograma de publicação
31 de março de 2017 – Resumos
30 de setembro de 2017 – Ensaios
31 de março de 2018 – Devolutiva